No final do séc XX, indústria do fitness era dominada por instrutores ocasionais, muitos com emprego a tempo inteiro que depois faziam de umas aulas de aeróbica ou umas “horas de sala” part-time. Baseavam a sua intervenção numa dimensão do fitness, acreditando que o conhecimento fisiológico e biomecânico, aliado à expertise técnica eram suficientes para ajudar os clientes a emagrecer, hipertrofiar ou (simplesmente!) adotar estilos de vida mais saudáveis. Até certo ponto, funcionou.
A industria está aí, sem precisar de convencer ninguém, e agora adulta, compõe-se de uma camada de profissionais formados, certificados, credenciados, especializados e experientes, dedicados a tempo inteiro. E da mesma forma que o profissional de fitness evoluiu e é reconhecido, também vamos verificando clientes com pretensões, conhecimentos e ambições distintas. Verificamos que é comum quererem muito para além da pureza técnica para permanecerem focados, motivados e comprometidos.
Há clientes com dificuldades em treinar sozinhos, com padrões de comportamento que comprometem sistemáticamente os seus resultados.
Há clientes interessados em aproveitar o treino para se desenvolverem enquanto pessoas, para equilibrar a vida.
E se explorarmos um pouco mais a fundo a relação que se estabelece entre PT e cliente, chegamos às necessidades emocionais elementares, às questões nutricionais e a padrões de estilo de vida com comportamentos disfuncionais e/ou aditivos, associados a desafios familiares ou profissionais e que influenciam, quer se aceite ou não, os sucessos/resultados pretendidos com os treinos.
O papel desta abordagem é assim de construir e desenvolver comportamentos que permitam sustentar, consolidar e fazer perdurar os resultados do serviço de PT.
Os Clientes que contratam Coaching encontram métodos de trabalho e técnicas de comunicação diferenciados e centrados em si (cliente). O Coach valoriza a construção de uma relação e da comunicação como domínio principal de expertise e intervenção. Vai à procura das histórias do cliente, incentiva a criação de estratégias, proporciona momentos motivacionais. e em geral, prefere que seja o cliente a apresentar as suas próprias soluções e vontades através do usos de perguntas poderosas que desafiam e confrontam as perceções e os limites.
A literatura indica que o coaching se baseia nos seguintes elementos :
- processo de descoberta pessoal que permite ao cliente desenvolver consciência e sentido de (auto-)responsabilidade
- identificação de objetivos realistas
- forte foco na ação
- estrategias, estruturas, feedback e suporte
O Personal training pode ter elementos similares, mas o seu âmbito de ação é distinto. Este atua na instrução e na informação técnica, guia o cliente pelos exercícios e pelo processo de treino de uma forma mais diretiva, informativa e corretiva.
Apesar dos métodos que possibilitam o rapport e a confiança serem importantes, os Pt ‘s assumem o papel de especialista, colocando o seu conhecimento anatomofisiológico e biomecânico ao serviço do cliente.
O Coach, esse, explora soft skills, crenças, gaps e estratégias que dão estrutura e solidez ao treino.
É portanto nesta tendência de mercado mais exigente que se torna determinante o Pt – treinador físico, desenvolver competências de Coach – treinador mental. É neste confluir de saberes que o cliente “avançará”, completo e firme nas suas conquistas e resultados.
Fontes:
Jim Gavin, PhD and Madeleine McBrearty, PhD,
Cantwell & Rothenberg 2000; Coach U 2005; Martin 2001; Neenan & Dryden 2002; Whitworth, Kimsey-House & Sandahl, 1998
Strachan 2001; Whitworth, Kimsey-House & Sandahl 1998
Olá MH, estou baralhada, onde viste divulgado?
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Flor como acompanho o webinar de amanhã dia 7 que divulgas? Não estou a conseguir encontra o caminho.
Bjinh e obrigada
Maria Helena Casanova
Personal development | Training | Consulting
Coaching & Wellness
mh@mariahelenaconsultores.com
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